quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

VANDALISMO REINCIDENTE: IMPUNIDADE!




É público e notório que a violência no futebol é fato recorrente no Brasil, dentro e fora dos estádios. Muitas vezes atribuída às torcidas organizadas espalhadas pelo país, a insegurança acaba por afastar muitos torcedores dos campos e, consequentemente, diminuir a média de público nos campeonatos estaduais e, até mesmo, nacionais.

É preciso esclarecer que em todos os setores da sociedade existem os bons e os maus, e nas torcidas não é diferente. Em sua grande maioria, as organizadas são constituídas por pessoas de bem, trabalhadores, estudantes, torcedores apaixonados, que objetivam o incentivo aos seus clubes, a organização de projetos sociais, a festa nas arquibancadas e a comemoração de suas vitórias. Pessoas avessas à violência que se unem pelo ideal de apoiar o time do coração!

Todavia, infelizmente, existem alguns vândalos que se infiltram nessas entidades e utilizam da prerrogativa de “torcedor organizado” para estimularem e praticarem atos de violência que nem sempre estão voltados para a atividade “torcer”.

É essa a realidade de grande parte das torcidas brasileiras, haja vista que o controle sobre milhares de pessoas (boas e más, como falado) é feito na medida do possível por seus responsáveis, pois os seres humanos são diferentes em sua essência e em seu comportamento. E não é a camisa de uma torcida que vai impedir a índole criminosa de alguém, muito menos estimular!

O futebol é um esporte sem discriminação, e, em pleno século XXI, não se pode consentir a intolerância, tampouco a violência contra os cidadãos, uma vez que não falta às pessoas o discernimento entre o que é certo ou errado. Afinal, ninguém pode alegar desconhecimento às leis e regras que regem a convivência pacífica.

Alguns fatos isolados cometidos ou sofridos por algumas torcidas são utilizados como aprendizado e crescimento na concepção de entidade, seja por meio de uma punição (justa ou não), através da dor de uma perda ou pela sua repercussão. Mas infelizmente no Brasil, uma torcida é historicamente marcada por seus atos de violência indiscriminada, contra civis, militares, famílias, rivais, autoridades e até mesmo atletas. Trata-se da torcida do Corinthians, conhecidamente associada à violência e à criminalidade, que supera os limites territoriais do Brasil. Que o digam japoneses, paraguaios e, agora, os bolivianos!

Diversos são os exemplos – ou crimes, se preferirem – que podemos arrolar ante a vergonhosa, e, na maioria das vezes, impune, atividade das torcidas organizadas desse clube, em especial, os absurdos cometidos pelos Gaviões da Fiel, “entidade” fundada em 1969, e que nesse longo período de existência já foi protagonista de inúmeras crueldades, verdadeiras barbáries, agredindo, ferindo, e ceifando vidas inocentes.

Fato recente, e ainda com cheiro de sangue e pólvora, vem sendo noticiado desde a noite de ontem (20 de fevereiro de 2013), quando, durante a realização de uma partida na cidade de Oruro, Bolívia, entre o time local, San José, e o Corinthians (BRA), um artefato pirotécnico, que, segundo a polícia local, seria de uso das forças armadas, foi atirado por torcedores do clube brasileiro em direção à torcida da casa, atingindo e matando o garoto Kevin Douglas, de apenas 14 anos. Um jovem que foi ao estádio com intuito de se divertir e acompanhar a estréia de seu time na Taça Libertadores da América, brutalmente assassinado em mais um ato nefasto da torcida corintiana.

A indignação não é só boliviana ou brasileira, é de toda a sociedade internacional! Até quando a conveniente e articulada “sensibilização” de dirigentes e atletas desse clube, que se mostram “chocados” e dão entrevistas “emocionados”, será suficiente para garantir a impunidade desses assassinos, que tornam sua maior torcida organizada em efetiva organização criminosa!?!?

Como falávamos, esse não é um fato isolado! O histórico desses vândalos chega ser assustador, preocupante para as autoridades – que nos devem explicações e atitudes enérgicas – e, principalmente, à sociedade de modo geral, sejam amantes ou não do futebol.

Dentre as várias ilicitudes penais cometidas pelos corintianos, podemos citar algumas mais recentes, dentre as ocorridas ao longo dessa longa jornada criminosa iniciada nos anos 60. Temos, por exemplo, a agressão ao árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima e aos auxiliares Altemir Hausmann e Julio Cesar Rodrigues Santos, em 2011; o vandalismo, no mesmo ano, após sua eliminação na Libertadores, onde houve a depredação do patrimônio do clube e de veículos de jogadores, confronto com a polícia, de modo que os agressores utilizaram-se de garrafas e rojões para agredirem e destruírem, manifestação que se estendeu, horas mais tarde, ao saguão do aeroporto Viracopos, em Campinas, quando aproximadamente 20 corintianos da Gaviões da Fiel, estiveram no local para "recepcionar" os jogadores, com protestos e ofensas, munidos de pedras e paus.

Lembremos também que, há pouco tempo, 31 (trinta e um) torcedores do Corinthians foram detidos com barras de ferro, pedaços de madeira, rojões e pedras em um ônibus na Via Dutra. O grupo estava a caminho do Estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro, para assistir ao jogo entre Corinthians e Botafogo, válido pelo Campeonato Brasileiro de 2012, e, pelo que se viu, não estava indo com o simples intuito de torcer pelo seu clube.

Outro episódio envolvendo esses “torcedores” foi o embarque do Corinthians ao Japão, para a disputa do Mundial Interclubes, em dezembro de 2012. Naquela oportunidade, o Aeroporto de Guarulhos/SP foi tomado por corintianos que causaram destruição e prejuízos à Infraero, às companhias aéreas, passageiros, comerciantes, manchando, inclusive, a imagem da sociedade brasileira, haja vista ser aquele local a maior porta de entrada e saída de estrangeiros em nosso país! Pior de tudo: ninguém foi responsabilizado!

Então pensemos: corintianos falam em fatalidade no lançamento do artefato que levou a óbito o jovem boliviano. Fatalidade???

Em 2012, no dia 25 de março, a mesma torcida arquitetou e executou uma grande emboscada contra um pequeno grupo de torcedores do Palmeiras, na Zona Norte de São Paulo, resultando na morte de 02 (dois) jovens, sendo que um deles faleceu após ser alvejado por tiros (calibre 38) na cabeça! Vários outros palmeirenses ficaram feridos após o ataque covarde organizado pelo numeroso grupo de corintianos, naquele dia.

São torcedores ou assassinos? Tudo isso, em certos momentos, gera uma confusão de sentimentos, conceitos e perguntas que nos levam a refletir sobre o real sentido de justiça, tendo em vista que os criminosos encontram-se impunes até hoje!

Voltamos a questionar: Fatalidade? Qual o significado dessa palavra? Fatalidade quer dizer “destino inevitável; acaso infeliz”.

Inevitável? Acaso? Não! Aqueles que se armam o fazem na intenção de cometer crimes, e devem ser punidos por suas “fatalidades”!

Vale ressaltar que o Corinthians é um clube que tem como “padrinhos”, além de dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) – instituição tantas vezes envolvida em escândalos de corrupção – o ex-Presidente LULA e a Rede Globo de Televisão, esta última, aliás, que faz vistas grossas aos fatos, distorce acontecimentos e evita polêmicas que poderiam colaborar para elucidação e responsabilização de vários crimes cometidos por uma “organização” chamada Gaviões da Fiel.

Não se tratam de acontecimentos ocasionais, aleatórios, mas sim de um vandalismo reincidente, de um grupo organizado para atividades criminosas, pelas quais utiliza do futebol, maior paixão do povo brasileiro, para justificar todas as “fatalidades” praticadas!

Poderíamos escrever por horas e horas enumerando as atrocidades cometidas ao longo de muito tempo por essas pessoas que desconhecem o propósito do esporte, e até mesmo do carnaval (vide escândalos e vandalismo de integrantes da Escola de Samba da Gaviões da Fiel), e que não dão valor à vida alheia!

Até quando esse grande país, e até mesmo a comunidade internacional, irão sucumbir à impunidade desses “gaviões”? Quantos mais haverão de morrer para que sejam punidos os culpados?

Sigamos os bem sucedidos exemplos europeus de punição! A violenta torcida corintiana deve ser penitenciada e o clube responsabilizado pela conivência e pelo financiamento de grande parte das atividades desse grupo criminoso, cujos atos não condizem com a vida em sociedade, tampouco coadunam com o espírito inerente ao futebol, que é motivo de paixão, não de dor e destruição!

A SOCIEDADE BRASILEIRA CLAMA POR JUSTIÇA!!!

(Brenton)



2 comentários:

  1. Muito bem elaborado! E com certeza tantos outros crimes foram cometidos e famílias clamam por justiça! Mas justiça em um País onde a prioridade é uma copa do mundo e não a saúde ou educação, haja vista que uma agremiação esportiva do Estado de São Paulo recebe R$ 420.000.000,00 em incentivos fiscais para construção de um estádio que, vejam bem que está sendo construído em um terreno doado pela prefeitura, que tinha em seu contrato de cessão cláusulas que determinavam um tempo para que o estádio fosse construído o que não ocorreu, mas por todos fatos que todos nós conhecemos o contrato de cessão não foi cumprido e está lá sendo construído o GAMBÁZÃO!

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  2. PERFEITO!!!! PARABENS AO AUTOR!!! PENA QUE NOS GRANDES VEICULOS DE COMUNICACAO NAO TEM COLUNAS OU OPINIOES EXPOSTAS DESSA FORMA!!!

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